sexta-feira, 7 de maio de 2010

mestrado mi parte 1 O MOVIMENTO DA VIDA 6.5

O movimento é a essência da vida.

Ao compreendermos o movimento com esse olhar, um leque de indagações se abre para desenvolvermos este estudo.
O movimento deve ser compreendido e interpretado com rigor, sob os aspectos biológicos, psicológicos, sociais, culturais, educacionais e na cadeia evolutiva, pois é por meio dele que o ser humano interage com o meio ambiente e compõe a natureza.
Segundo Le Boulch (1990, p.15), “a imagem do corpo não está pré-formada, ela é, sendo a expressão de Mucchielli, “estrutura estruturada”. É através das relações mútuas do organismo e do meio que a imagem do corpo organiza-se como núcleo central da personalidade. A atividade motora e sensório-motora, graças à qual o indivíduo explora e maneja o meio, é essencial na sua evolução”.
A aprendizagem inicia com a ação motora, pois a criança é dona de um repertório motor rico e livre, ela explora o ambiente buscando o conhecimento e a aquisição de novos vocabulários motores.
Fazendo uma análise sobre a importância da dança, Coelho(1987, p.10) nos diz que a dança desperta no ser humano a criatividade e a atividade motora, pois está vinculada às possibilidades artísticas do ser humano e às respectivas capacidades de expressão motora.
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Go Tani (1987, p.13) estabelece um círculo evolutivo, no qual, “o movimento desenvolve a sensação, a sensação a percepção, a percepção a cognição, a cognição o movimento, o movimento a sensação, repetindo-se assim todo um processo que evolui de uma forma contínua”. Acrescenta, ainda, o mesmo autor que, “os movimentos são de fundamental importância para a vida do ser humano em seus diferentes aspectos. Onde existe vida, existe movimento; e vida é impossível sem movimento.”
A Dança é uma manifestação expressiva importante, pois permite revelar os estados de ânimo aprisionados em nosso interior, atenuando sensações ruins e gerando sensações de prazer como a de liberdade. Ela promove, também, o ato de criação e o de comunicação. Consciente disso, e de que, a infância é uma relevante etapa para solidificar a fase adulta, surgiram algumas questões que nos levaram a construir este Trabalho, são elas:
Qual a influência do ensino do balé clássico em crianças cuja faixa etária compreende os três (03) e cinco (05) anos? Há diferença motora e expressiva entre a criança que pratica o balé clássico (baby-class) e a criança que não pratica? Quais os benefícios que o balé produz no desenvolvimento das crianças?
O presente trabalho tem como objetivo examinar e constatar os fatores significativos que diferenciam o gestual da criança praticante do baby class e da não praticante e analisar se há diferenças cognitivo-motoras entre as crianças praticantes e não praticantes dessa arte.
Para o presente estudo efetuou-se uma revisão bibliográfica em relação ao tema escolhido e em seguida foram realizadas observações em aulas de balé com
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crianças entre os três (03) e cinco (05) anos e registrados determinados movimentos que foram comparados com crianças não praticantes.
Sentimo-nos em posição privilegiada para relatar um breve histórico do Balé Clássico, sendo assim nos deteremos aos passos percorridos para o desenvolvimento de um trabalho dessa natureza.
Abordaremos ainda a relação existente entre o Baby Class e o Desenvolvimento Cognitivo-Motor, criando-lhes um papel fundamental na proposta de aulas de balé clássico para crianças.

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