terça-feira, 14 de junho de 2011

grandes saltos


1, 2, 3, 4, dobro a perna e dou um salto!
Saltos... Um dos passos mais bonitos do ballet. Durante os saltos, a platéia tem a impressão de ver a bailarina criar asas e deslizar no ar sobre o palco. Porém, quando se é a bailarina em questão, a coisa não é tão mágica assim. Há várias coisas a serem observadas durante os saltos para que eles sejam executados com perfeição. Grand Jeté, Jeté Passe, Grand Pas de Chat, Saut D'ange... Qual a diferença entre eles?

Passo-a-passo para melhorar os saltos nas aulas e apresentações:

Passo 1: Se aquecer com cuidado é um fator chave para melhorar a altura e qualidade de seus saltos. Quando você está na aula de ballet, já concluiu os exercícios de barra e outras sequências que aquecem o corpo para as grandes sequências de salto, que normalmente são feitos no final da aula por requerirem muita energia e resistência. Estando na aula ou treinando por conta própria, certifique-se de que seus músculos estão aquecidos e alongados antes de praticar saltos, a fim de reduzir o risco de lesões.

Passo 2: Usar o plié é importante para conseguir altura em seus saltos. Seja dando alguns passos ou realizando outro movimento antes do salto, faça um plié profundo antes de começar a saltar. Dependendo do tipo de salto a ser executado, você terá de descobrir a melhor forma de utilizar o plié coordenado com os passos que você faz antes de executar o salto.

Passo 3: Alongue seus pés e estique seus joelhos ao máximo. Suas pernas, que trabalham ativamente durante o salto, possibilitam melhorar a altura e tornar o salto visualmente melhor.

Passo 4: Utilize o plié mais uma vez quando preparar para a aterrisagem. Bailarinos que descem de um salto com joelhos travados correm o risco de se lesionar. Acabe o salto no plié mais profundo que você puder e a combinação permitir.

Passo 5: Seus braços também são importantes para melhorar seus saltos. Eles devem estar firmes e alongados. Durante um salto, deixe todos os seus membros alongados o máximo possível. Fazendo isso, você vai aumentar a altura dos seus saltos e a distância que você consegue saltar.


Diferenças entre os saltos

Grand jeté
É comumente utilizado se locomovendo para frente, e geralmente consiste numa abertura total das pernas no ar. A perna da frente arrasta esticada, ao invés de se realizar um developpé. A perna de trás segue fazendo a abertura no ar. Pode ser executado en avant (para frente), à la second (ao lado), en arrière (para trás), e en tournant (girando en dedans). O bailarino deve pensar em abrir ao máximo e com força as pernas, com o peso jogado para frente, dando a aparência de estar deslizando.

Jeté passe, Grand Pas de Chat ou Saut D'ange
Todos consistem no mesmo passo. São um salto similar ao grand jeté, porém, ao invés de levar a perna da frente já esticada, ela se abre à frente com um developpé. A perna de trás pode estar esticada ou em attitude.













"Pense uma coisa bem boa... e num instante você voa!"

Ser ou não ser bailarina, eis a questão




Ser ou não ser bailarina, eis a questão



Esse post foge um pouco do padrão de textos desse blog. Não é uma dica, nem uma curiosidade, nem nada do gênero. É um desabafo meu como bailarina, e acredito que algumas de vocês irão se identificar (e outras, provavelmente, irão discordar).
Nos últimos dias (ou semanas ou meses) comecei a notar que eu simplesmente... cansei de ballet. Mas... e aí? Não que eu eu não ame, eu amo, mas eu cansei. Não vejo mais tanta graça em fazer coque, nem tanta beleza em meia calça, nem poesia na dor. Não acho mais as dificuldades estimulantes, e se tem uma coisa faltando é estímulo. O problema é largar tudo, é nunca mais calçar uma sapatilha de ponta e amarrar a fita de cetim, nunca mais vestir uma meia calça e se sentir meio boneca, nunca mais andar na rua de coque e ser olhada meio torto, nunca mais adorar encontrar coisas de ballet pra vender, nunca mais ir experimentar a roupa, nunca mais vestir um tutu maravilhoso e se sentir princesa, nunca mais dizer "Eu sou bailarina". Como largar aquilo pelo que eu mais sou conhecida? Não ser mais a bailarina da turma, nem a bailarina da família, nem a bailarina de si mesma. E o que fazer com o meu quarto lotado de coisas de ballet? O problema de largar o ballet não é largar o ballet. É largar o ser bailarina. Porque, infelizmente, não dá pra ser bailarina sem estar todos os dias se matando nas aulas, se acabando em ensaios intermináveis, estragando o cabelo em coques, passando por mil crises e estando sempre com dor. Infelizmente não dá pra simplesmente calçar a sapatilha de ponta, usar um tutu bandeja quando tiver vontade, e dizer que é bailarina quando bem entender. Infelizmente eu não nasci pra ballet. Mas tenho certeza que nasci pra querer ser bailarina. E disso, não sei se felizmente ou infelizmente, eu não consigo cansar.

Pas de deux - o que é?



Pas de deux - o que é?



Pas de deux - termo do ballet clássico que, em francês significa "Passo de dois". É o trecho do ballet dançado por um bailarino e uma bailarina. O Pas de deux completo é chamado de Grand Pas de deux ou Grand Pas e é composto de um entrée, um adagio, variação masculina, variação feminina e a coda.
Veja um exemplo de Grand Pas neste video do Ballet Kirov que encontrei no You Tube para entender melhor:
http://www.youtube.com/watch?v=d1ZoNUr9rY4

Ao dançar com um parceiro a bailarina pode saltar mais alto, tomar posições que ela nunca seria capaz de sozinha, e "flutuar" sobre o palco. Uma parceira permite a um bailarino estender sua linha e mostrar sua força. No Pas de Deux, o homem, muitas vezes não está em uma posição balé ou parece não estar dançando em tudo. Ele pode fazer isso porque o público vai olhar quase que somente a bailarina; mas agora que você leu isso, tenho certeza que você vai assistir o homem da próxima vez que for para o balé para ver se é realmente verdade. O homem age como um "terceiro pé" para a bailarina, equilibrando, levantando, e girando-a.
Quatro grandes áreas de estudo técnico em pas de deux são: promenades, elevações ou "pegadas", giros ou "piruetas" e saltos, embora existam outros passos também. Uma promenade é quando a bailarina sobe em uma posição na ponta e o homem anda em torno dela, sustentando-a pela mão, fazendo-a girar. Uma promenade pode ser feita em uma posição e pode mudar durante seu curso. Você pode pensar que é muito simples de fazer uma promenade, quão difícil se pode andar por aí com alguém? No entanto, a bailarina deve se sustentar numa perna apenas, em equilíbrio e muitas vezes mantendo uma posição de attitude ou arabesque durante a promenade, e isso pode ser bastante difícil. Uma elevação é apenas o que diz: O bailarino levanta a bailarina. O número de elevações ou "pegadas" diferentes que podem ser feitas no Ballet é quase ilimitada. Um par de dançarinos pode fazer uma "pescada", onde o bailarino lança a bailarina no ar e a pega em uma posição de arabesque, coma perna de baixo dobrada, e com as costas em um enorme cambré,(parecendo-se com um peixe). Estas elevações são alguns dos movimentos mais inspiradores de balé e um dos mais exigentes. Ao fazer giros com um parceiro, é a mulher que o faz, geralmente algum tipo de pirueta. Ao fazer uma pirueta comum com um partner, o bailarino vai estar atrás da bailarina e ele vai ajudá-la a se estabilizar e também ajudá-la a girar, com as mãos na cintura dela. Ao fazer piruetas desta forma uma mulher pode fazer muito mais do que ela normalmente seria capaz sozinha. Saltos podem ser muito divertidos, cansativos, ou até assustadores, dependendo do tipo de salto que um casal está fazendo. Saltos comuns são aqueles onde a bailarina pula e o cavalheiro simplesmente ergue para fazê-la subir, não envolve muito risco, mas pode ser cansativo depois de um tempo. Estes saltos são normalmente usados como um aquecimento na aula e não realizado no palco. Alguns dos saltos mais arriscados seriam mais bem descritos como "salto e pegada". Estes seriam aqueles nos quais a bailarina salta sozinha para os braços do cavalheiro. Tais movimentos trazem sempre um suspiro da platéia.

Como o Ballet clássico é muito antigo, sua técnica dá base e inspira muitas danças, tanto acadêmicas como sociais ou populares. No contemporâneo temos duos, e outras formações (trios, quartetos, conjuntos) que usam pegadas. Para algumas, empresta-se a técnica do clássico, para outras, usa-se técnicas contemporâneas como por exemplo o contato-improvisação. Veja a seguir um vídeo do "Grupo Corpo" para visualizar melhor exemplos de pegadas utilizando técnicas clássica e contemporânea:
http://www.youtube.com/watch?v=R86vh-mWPdM&feature=related

bailarinos e preconceito


Bailarinos e preconceitos
Como nunca dediquei nenhum post especificamente aos meninos, resolvi falar sobre o tema mais clássico que os envolve: o preconceito. Todos tem conhecimento do preconceito que envolve homens e ballet. Qualquer homem que opte por seguir esse caminho provavelmente vai ser tachado de homossexual em algum momento. Por que? Como qualquer tipo de preconceito, a ignorância é a causa. A grande maioria das pessoas que rotula bailarinos estão num grupo que não tem o mínimo conhecimento a respeito de ballet. Não tem a mínima idéia do papel que o bailarino exerce. O ballet é, muitas vezes, visto como delicado e feminino; porém, o homem exerce um papel totalmente diferente do das meninas, o qual exige até mesmo muita força física. Óbvio que existem bailarinos homossexuais (assim como existe em qualquer profissão), mas existem heterossexuais que devem ser respeitados, afinal, não existe nenhuma relação direta entre uma coisa e outra. Se a dança, hoje em dia, ainda tem um número de homens muito reduzido em relação ao número de mulheres, o preconceito (que muitas vezes vem até da própria família) certamente é a causa principal. Por que? Até quando?

Estilo Bailarinístico



Estilo Bailarinístico


Olá queridos leitores! Recentemente, recebi a seguinte mensagem de uma leitora no Formspring.me:

"Olá, eu adoro este blog, está muito bem feito e a informação é muito boa. Eu gostaria de ver um artigo sobre o estilo (roupa) que as bailarinas profissionais e que vivem para a dança usam no dia-a-dia! Espero vê-lo em breve. Boa Sorte. Obrigado"





Atendendo ao seu pedido, tentarei fazer uma reflexão sobre como o ballet pode influir no modo de se vestir das bailarinas fora da sala de aula. Vamos ver alguns itens que "denunciam" uma bailarina bem facilmente:



1 - Tic-tac no cabelo: Se você vê alguém com mais de 6 anos usando tic-tac no cabelo pela rua, pode apostar: 95% de chance de ser uma bailarina!



2 - Rabo de cavalo perfeito: Por que outro motivo alguém faria um rabo de cavalo alto e bem esticadinho se não fosse o hábito de fazer isso todos os dias?



3 - Camiseta Do Dance: Não preciso explicar, né?



4 - Calça larga: Como acaba sendo parte do guarda-roupa bailarinístico por ser um bom item para ir/sair da aula, a peça pode acabar sendo usada no dia-a-dia quando se quer conforto e praticidade.


5 - Bolsão: Esse item não é obrigatório, mas bailarinas costumam criar o hábito de andar com tudo na bolsa para aulas/espetáculos. Portanto, não é raro que esse costume acabe indo parar no dia-a-dia.



6 - Roupa de camponesa em festas à fantasia: Ok, esse item foi de brincadeira. kkkkk

mas que tds meus amigos me procuram qdo chega um convite p uma festa a fantasia é verdade kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

bjs mi

denifa metas em seu trabalho


Usando sua mente a seu favor
Você quase nunca falta as aulas, se esforça o máximo possível ao dançar e para melhorar cada vez mais e não vê os resultados que gostaria? Bem, o problema pode estar na sua mente. Psicólogos especializados em esporte descobriram que os atletas (incluindo dançarinos) devem treinar sua mente, assim como seus corpos. Tente incorporar as seguintes dicas para a sua rotina diária, para um treino corpo-mente verdadeiro:



- Defina metas


Já reparou que, muitas vezes, quando você define metas específicas, de repente você adquire a vontade de alcançá-las? Se assim for, você não está sozinho. Especialistas enfatizam a definição de objetivos a longo prazo (que varia entre três meses a dois anos) e metas de curto prazo (qualquer coisa entre diária a mensal), que sejam desafiadoras, mas realistas.
"Vou participar de um curso intensivo de verão do próximo ano," é um exemplo de uma meta de longo prazo, enquanto os objetivos de curto prazo são os alvos mais imediatos, como se comprometer a melhorar sua flexibilidade através da reserva diária de meia hora para sessões de alongamento, ou a promessa de tentar uma nova técnica de dança a cada mês.




- Seja otimista


Assuma a responsabilidade de se incentivar positivamente. Parabenize-se por conseguir fazer um passo, e se convença a tentar um movimento desafiador mais uma vez. Ao dizer "Eu posso fazer isso", você reconhece que suas metas estão ao seu alcance, tornando mais provável que você consiga executar essa etapa difícil. Otimismo e um saldo positivo mental andam de mãos dadas, já que o seu cérebro libera substâncias químicas de bem-estar chamadas endorfinas, que ajudam você a concentrar-se na realização, em vez de derrota. Uma atitude negativa, por outro lado, apenas prepara-o para o fracasso.




- Visualize


A visualização é a recriação de uma imagem ou experiência na mente, que pode estar ligada a experiências sensoriais, tais como ver, ouvir ou sentir. Especialistas defendem o uso de imagens para melhorar não apenas a execução de etapas, mas também a qualidade do desempenho. Este método pode ajudar a liberar a tensão muscular, fazendo sua dança mais suave e graciosa (liberar tensões também é fundamental para prevenir e tratar lesões).

Outro exercício para fortalecer a conexão entre sua mente e seus músculos é visualizar os movimentos antes de executá-los. Por exemplo, passar por todas as partes de um grand jeté em sua cabeça, desde a decolagem até o pouso. Quando o cérebro imagina seu corpo saltando do chão com as pernas bem abertas, envia pequenos impulsos através do sistema nervoso para os músculos reais usados para executar um jeté. Quando você fisicamente praticar o movimento, seu cérebro vai lembrar de como ele tem armazenadas as instruções para executar o movimento e irá enviar os sinais corretos diretamente para os músculos. Isso até mesmo te deixa disponível para pensar em coisas mais importantes, como a coreografia.




- Mantenha o foco


Se você se concentrar em erros enquanto está no palco, irá desviar sua atenção, o que pode fazer com que sua qualidade, desempenho e emoções caiam. Não importa se você transformou uma pirueta tripla em uma simples, todos os bailarinos cometem erros. Siga em frente como se nada tivesse acontecido, e transmita ao seu público o amor que sente pela dança, e ninguém vai se lembrar do deslize. Você vai parecer mais profissional, também.

como se tornar um prof com drt

Profissionalização e DRT: quais os caminhos para se tornar bailarino profissional?
Quais os caminhos possíveis para se tornar um profissional de dança no Brasil?
- Formação em escola de ballet
- Ser "rata"de academia de dança
- Curso técnico de dança
- Faculdade de dança

A profissão do bailarino é regulamentada e exige o registro na DRT (delegacia regional do trabalho). Se quer atuar profissionalmente, o bailarino deve buscar seu DRT pois, apesar de não ser exigido em muitos lugares, em outros só será possível atuar se tiver esse registro. O DRT é emitido pelo ministério do trabalho mediante um atestado de capacitação profissional ou diploma. Esse atestado de capacitação é emitido pelo sindidança. Já o diploma profissionalizante é emitido por instituições como faculdades de dança e cursos técnicos na área. Mas, registros à parte, qual a melhor formação para ter chances reais no mercado de trabalho no Brasil e até no exterior?

Vou falar primeiro sobre Formação em Escola de Ballet:
Se seu sonho é ser bailarina (o) clássica essa é sua melhor opção. Você deve entrar numa escola reconhecida pela secretaria da educação. Lá você terá aulas com uma carga horária semanal obrigatória, (depende do curso e do nível e idade), fará exames anuais, receberá boletins e certificados. No final, terá um diploma válido, profissional e poderá pleitear seu DRT. Nesse tipo de formação você terá treinamento técnico suficiente para se tornar uma bailarina clássica, mas mesmo que passe em todas as provas, seu empenho, dedicação, físico apropriado e talento determinarão as direções da sua carreira. Se mora em uma cidade como São Paulo você pode escolher o método Cubano, o Royal, a Escola Municipal de Bailados. Se entrar na EMB (é necessário teste para isso) ou em alguma escola do método Cubano, fique até se formar, pois não poderá fazer algum tipo de equivalência de grau, terá que começar de novo em outro método. Já o método Royal tem filiais e associados por todo o mundo, ou seja, caso você mude de cidade ou até de país poderá encontrar uma escola e continuar sua formação de onde parou. Pessoalmente considero as linhas e o resultado técnico do método Cubano mais bonito e eficaz para o corpo brasileiro, mas aconselho a formação no Royal por ser mais organizado e reconhecido no mundo todo. Atenção: se a escola que você está realiza provas e dá certificado, procure saber qual a validade desse diploma.

Sobre Ser "rata" de Academia de Dança:
Quem mora ou morou no interior sabe que sua única opção, muitas vezes, é ficar metade do seu dia dentro de uma academia de danças fazendo tudo que lhe é oferecido: ballet, jazz, contemporâneo, alongamento, sapateado, dança de salão, hip hop, teatro e às vezes até aeróbica, ginástica olímpica e outros esportes. Esse tipo de trabalho corporal cria um bailarino eclético, capaz de atuar (se bem direcionado) em companhias de dança contemporânea, shows de artistas da música, musicais, televisão, publicidade etc. Porém, dificilmente terá a limpeza técnica necessária para ser um profissional de ballet clássico. Se esse for seu sonho, terá que dedicar-se em algum momento de sua formação exclusivamente ao clássico com algum renomado maitre de ballet. Mas se ama o contemporâneo busque cursos específicos, se ama o jazz, idem. Procure algo em que se aperfeiçoar. Uma excelente opção para esse bailarino é fazer uma faculdade de dança, por exemplo.

Sobre Curso Técnico de Dança:
É uma complementação técnica em Dança para quem cursou ou cursa o 3o ano do ensino médio. É um curso novo no Brasil. Esse tipo de curso não forma bailarinos, não dá o que as escolas e academias de ballet dão, mas oferecem um leque maior de possibilidades no mercado de trabalho. Para quem quer dar aulas, criar e tomar contato com a dança em diversas formas é uma excelente opção. Se você passou toda uma vida dançando em academia e participando de festivais de dança, essa parece ser uma boa opção de profissionalização para você! Veja o site da ETEC e informe-se!

Sobre Faculdade de Dança:
Oferece Diploma de curso superior, dá direito a DRT e possibilita (legalmente falando) a atuar em qualquer atividade de dança e relacionada a dança. Você poderá atuar como bailarina, coreógrafa, professora (inclusive da rede pública de ensino), mas claro, se for boa nessa ocupação...! Se você se formou nas outras opções acima, um caminho interessante será fazer a faculdade. Mas atenção: ela não forma bailarino, vc tem que procurar escolas e academias de ballet antes, durante e até mesmo continuar fazendo aulas depois. A Faculdade de dança abre as portas para diversas opções, estimula a pesquisa e você ainda pode seguir carreira acadêmica fazendo pós, mestrado, doutorado... Recomendo muito essa formação! Mas... se você não tem uma história séria de comprometimento com a dança ao longa da vida você talvez até consiga passar no vestibular e se inscrever no curso; porém quando for entrar no mercado de trabalho essa deficiência técnica fatalmente aparecerá e suas chances não serão muitas. Não se engane! Mais um detalhe: saiba se sua faculdade é reconhecida pelo MEC, e dá direito ao exercício da profissão. As principais faculdades de dança do Brasil são a UNICAMP, a UFBA, e a ANHEMBI. A PUC oferece um curso superior em "Artes do Corpo" também muito bom e reconhecido.

DIREITOS E LEIS DE UMA BAILARINA

Sobre os direitos da categoria:
Os bailarinos, dançarinos, coreógrafos, professores, enfim, os artistas da dança, integram categoria profissional regulamentada pela Lei n.º 6.533, de 24.05.1978 e pelo Decreto-Lei n.º 82.385 de 05.10.1978. Têm, portanto, esses profissionais, lei e regulamentação próprias e específicas para regrar suas atividades profissionais e relações de trabalho.

Conforme o Art. 2º da citada lei, é considerado "Artista, o profissional que cria, interpreta ou executa obra de caráter cultural de qualquer natureza, para efeito de exibição ou divulgação pública, através de meios de comunicação em massa ou em locais onde se realizam espetáculos de diversão pública", contempla ainda a categoria profissional de "Técnico em Espetáculos de Diversões - profissional que, mesmo em caráter auxiliar, participa individualmente ou em grupo, de atividades ligadas à elaboração, registro, apresentação ou conservação de programas, espetáculos e produções.No Quadro Anexo ao Decreto n.º 82.385 constam os títulos e descrições das funções em que se desdobram as atividades em questão, assim como no Código Brasileiro de Ocupações - CBO, que descreve as famílias profissionais existentes no país. São considerados profissionais dessa categoria os bailarinos, dançarinos, mestres, ensaiadores, assistentes de coreografia e os professores de dança dos cursos livres.
As funções discriminadas para os profissionais acima são:
- ensinar técnicas de dança, improvisação, criação, composição e análise do movimento, executando a dança através de movimentos preestabelecidos ou não, optando pela dança clássica, moderna, contemporânea, folclórica, popular ou de shows.
- coordenar atividades com a equipe cenotécnica - figurino, som, iluminação, maquiagem e efeitos especiais entre outros -, demonstrando capacidade de trabalhar em equipe.
- organizar roteiros e/ou estruturas coreográficas , criando movimentos com as várias linguagens da dança, utilizando-se de recursos humanos, técnicos e artísticos , valendo-se para tanto de música, texto ou qualquer estímulo específico, optando por quais técnicas corporais serão utilizadas e transmitindo aos artistas a forma, a movimentação, o ritmo, a dinâmica, a postura e a interpretação necessários para a execução da arte, podendo dedicar-se também à preparação corporal dos artistas e ainda procedendo investigação pertinente sobre o tema selecionado, inclusive em outras áreas artísticas.
- desenvolver consciência cinesiológica, demonstrando conhecimento dos componentes do espetáculo (cenário, luzes, som, etc.), configurando esteticamente os elementos da dança , demonstrando sensibilidade artística e habilidade para trabalhar com maquiagem e adereços.
- transportar as idéias, imagens e sensações para a linguagem coreográfica, imprimindo intenções, sensações e emoções, dando qualidade dramática ao movimento e expressando imagens através do corpo.
- manter o corpo tecnicamente preparado, experimentando ações, passos, gestos e movimentos, interagindo fisicamente com os parceiros da dança, ensaiando e dançando.
- O ARTISTA DA DANÇA PODE ATUAR COMO PROFESSOR DE CURSOS LIVRES EM ACADEMIAS, ESCOLAS, ESTÚDIOS, ESCOLAS DE DANÇA, CLUBES, FUNDAÇÕES, EMPRESAS, ESPAÇOS PÚBLICOS, ORGANIZAÇÕES NÃO GOVERNAMENTAIS E OUTROS. PODE AINDA ATUAR NA EDUCAÇÃO BÁSICA EM INSTITUTOS DE EDUCAÇÃO SUPERIOR E UNIVERSIDADES, SEGUINDO CARREIRA ACADÊMICA.

INDICAÇÃO DE LIVRO PARA AS CRIANÇAS DE BALLET

Barbie Music Player Livro de Histórias

+ CD Player com 4 CDs
Editora : Ciranda Cultura
Páginas : 256
Encadernação : Capa dura
Preço: R$68,00
Este livro de histórias com o CD Player tem como estrela a atriz favorita de todos - Barbie! O livro reconta quatro filmes especiais:

CD 1 - Barbie em as 12 Princesas Bailarinas com 6 canções
CD 2 - O Lago dos Cisnes com 6 canções
CD 3 - O Quebra-Nozes com 6 canções
CD 4 - A Princesa Plebeia com 6 canções
COM UMA ESTÓRINHA BEM LEGAL , LÊEM E OUVEM AS MUSIQUINHAS QUE AS PRÓPRIAS CRIANÇAS ENCAIXAM NO CD PLAYER !!
UM LIVRO MUITO DIVERTIDO E QUE AS CRIANÇAS ADORAM !!!
VALE A PENA !!!!
Os CDs são para tocar exlusivamente no
CD Player que acompanha o kit
As Doze Princesas Bailarinas - O Lago dos Cisnes - O Quebra-Nozes - A Princesa e a Plebeia
Também vem com um CD Player e quatro CDs de músicas, com um total de 24 canções diferentes. Sinais no livro indicam quando tocar cada música, ao passo que as histórias forem lidas. Compre nas melhores livrarias.

O que pode acontecer afinal se eu colocar as pontas antes do tempo?

O que pode acontecer afinal se eu colocar as pontas antes do tempo?


Segundo Wanda Bambirra em seu livro "Dançar e Sonhar - a didática do ballet infantil", (...) "é anti-profissional exigir que uma criança com menos de 11 anos faça esforços como ficar na ponta dos pés. Esse equilíbrio só vai sendo adquirido com desenvolvimento, compatível ou resultante de um grau de mielinização aja adiantado. Mielinização é a deposição de mielina nas fibras nervosas, ou seja, quando um bebê nasce , ele tem reflexos nervosos, claro, mas não tem coordenação motora. Esta mielinização só se completa na puberdade, dos 10 aos 12 anos para meninas e de 14 aos 16 anos para meninos. (...)
O sustentar sobre as pontas não é somente uma evolução técnica, mas também uma adaptação do corpo a uma nova forma de equilíbrio, com a fortificação de ossos, tendões, ligamentos e músculos.

Para tanto, alguns exercícios são indicados para fortificar e preparar o corpo para o uso das pontas." Wanda Bambirra considera ainda que se uma pessoa iniciar na ponta sem antes ter sua qualidade técnica e idade adequada poderá no futuro sofrer lesões e deformações que ao contrário de torná-las bailarinas, acabam finalmente impedindo-as de dançar quando orientadas por maus profissionais, é claro.
Chegou a hora! Estou nas pontas! Você estudou, trabalhou duro, esperou e finalmente sua professora deixou você colocar a ponta. Parabéns!
Agora surgem muitas dúvidas, entre elas, como costurar a fita e o elástico, como amarrar a fita, como escolher a ponteira, a marca e o modelo da sapatilha ideal. Na próxima postagem quer falar sobre essas dúvidas todas.
Por enquanto quero focar numa dúvida técnica: como melhorar minha performance na Ponta?
Eu aconselho minhas alunas a fazerem uma série de exercícios em casa, descalças, todos os dias, ou ao menos 3 vezes por semana. São exercícios complementares às aulas de ballet que você já faz.
Veja a lista nesta outra postagem: http://oblogdoballet.blogspot.com/2009/10/10-primeiros-exercicios-para-fazer-em.html

sua filha no ballet.... e agora??? dicas importantes



sua filha no ballet - dicas importantes




Como escolher uniforme de ballet?
Qual collant mais confortável?
Qual é a meia calça mais adequada para as meninas?
Qual a melhor sapatilha de ballet?

As aulas de ballet vão começar e você está preocupada com a vestimenta correta... Antes de ir às compras atente para alguns detalhes. Se já escolheu a escola que vai fazer aulas, o próximo passo agora será perguntar se a escola exige uniforme específico. Se o figurino puder ser livre veja as características de cada peça a seguir e escolha!

COLLANTS OU LEOTHARDS:


O modelo regata é mais confortável e fresquinho e ainda pode ser usado com uma camiseta por baixo nos dias frios. O modelo com manguinha curta é bem gracioso, mais indicado para crianças pequenas pois a partir de 11 anos as meninas podem suar muito nas axilas. O modelo manga comprida é só usado em dias frios, não recomendo pois as alunas vão usar em cerca de 4 a 6 aulas e vão perder. O modelo de alça pode ficar caindo e a criança vai ficar o tempo todo arrumando. Os modelos diversos para adultos devem ser provados para sentir o conforto do corte e do tecido, pois cada bailarina tem suas preferências.


1- Collant com sainha: ideal para baby class, essa roupa permite total liberdade de movimentos, permite que a professora observe a postura.

2- Collant básico: excelente para qualquer idade. Pode ser usado com ou sem saia por cima. Permite ainda o uso de shorts ou calça por cima.


3- Collant com tutu costurado: É lindo e as crianças adoram. Dificulta alguns movimentos de chão. Exige lavagem à mão.

SAIAS:
Normalmente confeccionadas em crepe, jersey, helanca, ou ainda em tule. A de crepe é a mais bonita, tem melhor caimento. A de jersey é a mais usada por ser mais barata e fácil de encontrar. A de helanca é a mais resistente. A tutu de tule é a preferida das crianças, mas dificulta alguns movimentos de chão.

1- Saia costurada no collant: como já dito é a ideal para as babys já que permite qualquer movimentação sem ter que ficar arrumando.

2- Saia transpassada: esse modelo, apesar de ser o mais usado eu não recomendo pois o laço sempre solta e a criança tem que parar em alguns momentos para arrumar a saia.

3- Saia com cintura em helanca: modelo ideal para ser usada por crianças sobre o collant básico.

4- Tutu de tule: é fofo, as crianças adoram, mas dá um ar de "fantasia" que algumas professoras não gostam. Pode dificultar alguns movimentos de chão. Exige lavagem à mão.


MEIAS:
De helanca são as mais comuns, oferecem resistência e são disponíveis em diversos tamanhos. As de lycra ou suplexx são bem mais resistentes, bonitas e aderentes, porém disponíveis em tamanho único. As de poliamida e elastano (meia fina comum) são praticamente descartáveis, não recomendada para balé. As acrílicas são ótimas para os dias frios.

1- Com pé: Boa para as crianças que vão fazer aulas sempre com sapatilhas calçadas.

2- Sem pé: Boa para aulas nas quais a professora permite tirar as sapatilhas para alguns exercícios em todas as aulas.

3- Conversível (com pé/ sem pé): São as mais recomendadas pois permitem exercícios sem sapatilhas apenas quando necessário. Para as meninas que vão iniciar na ponta é a ideal pois permite que a aluna coloque a ponteira com facilidade.

SAPATILHAS DE MEIA PONTA:

Modelos de lona são muito confortáveis, sujam com facilitade mas podedosm ser lavadas. Modelos de corino (couro sintético) são bem frágeis, mas são fáceis de limpar. Modelos de couro são de melhor qualidade e maior preço. As de cetim são lindas, mas duras, próprias para apresentação, exigem lavagem à mão.

Detalhe: As crianças pequenas vão usar cerca de 2 sapatilhas por ano (uma nas aulas, outra na apresentação e depois das férias o pé já terá crescido!).

1- Sola inteira: ideal para crianças até 6 ou 7 anos pois oferecem maior estabilidade.
2- Sola dupla: permite uma linha mais bonita nos pés, ideal para crianças a partir de 7 anos e adultos.

Dica importante sobre as sapatilhas:
As cordinhas elásticas das sapatilhas devem ficar sempre para dentro, ou então devem ser removidas. Nunca ajuste esse elástico pois vai prender o tendão do calcanhar. As sapatilhas devem ser compradas sempre no tamanho certo do pé. Nunca compre maior pois isso dificultará a movimentação.

UMA BOA PROFESSORA, SEMPRE NA 1 AULA CONVERSA COM OS PAIS OU RESPONSÁVEL SOBRE O UNIFORME DE SUA ALUNA....

"O sucesso vem através de muita dedicação. E dedicação só nasce nos corações de quem ama o que faz." heydi milhose





"O sucesso vem através de muita dedicação. E dedicação só nasce nos corações de quem ama o que faz." heydi milhose


No país do futebol, querer ser artista não é fácil.
Primeiro temos que estudar muito, seja qual for sua escolha.
Segundo trabalhar muito mais, na área escolhida.EU QUE DIGA RSRRSS
Sem descanso
Amigos, familia????? Muitas vezes negligenciados.Mas guardados no coracao...
Queremos ser profissionais....
Mas mesmo assim...
parece que não somos reconhecidos.
E não adianta apelar...
Nos decepcionamos com algumas pessoas, que na verdade nem conhecemos de verdade.
E então descobrimos que sim, que nós somos. E o que importa não é a definição dos outros. O ser humano tem a "mania" de se auto definir e assim "por tabela" definir a todos nós profissionais desconhecidos, que pra sobreviver trabalhamos em areas paralelas ou até mesmo em áreas bem diferentes.

O advogado que não ganhou muito advogando, foi vender cachorro quente;

O médico que teve sua clinica falida foi trabalhar com a esposa promovendo festas infantis;

O pintor só vendeu seus quadros e ficou famoso depois que morreu. Em vida nada vendeu.

O bailarino que mais gastou do que ganhou, foi dançar atras de uma dupla sertaneja.

Ser profissional é muito mais que ganhar dinheiro.


"Sua profissão não é aquilo que traz para casa o seu salário. Sua profissão é aquilo que foi colocado na Terra para você fazer com tal paixão e tal intensidade que se torna chamamento espiritual." (Vincent van Gogh)

piruetas e a vida.... O FOCO




Desde que as tão famosas piruetas entraram na minha vida de bailarina, praticamente desde a primeira aula de ballet, eu escuto sempre a mesma coisa "você precisa marcar o foco". E é sempre assim, frases como essa são sempre direcionadas a minha pessoa.


Minha professora de ballet, sempre me diz "foco MIIII, você precisa marcar o foco o resto está tudo certo" , no que eu sempre respondo que ou marco o foco ou viro a pirueta. Sim, a minha maior dificuldade é marcar o foco.


Na dança moderna não é muito diferente, a dificuldade é ainda maior nas tais piruetas periféricas (existe cada coisa estranha na dança moderna, não? Um dia desses eu escrevo sobre elas). Nessa eu escuto "não adianta bater rápido a cabeça se não marcar o foco, e não adianta marcar o foco se não bater a cabeça rápido e viajar pro lado". Galera, pirueta é um caso sério!


Depois de ter postado ontem sobre o meu desânimo comecei a pensar no que minha professora de clássico sempre fala "o ballet é para a vida". E eu sou uma pessoa piruetera (não se enganem eu não viro cinco de uma vez só), não importa onde eu estou na sala, no banheiro, no quarto, na cozinha, eu paro preparo a 4ª posição e...pirueta! E adivinha qual o problema que ainda não resolvi? Sim, o foco.


Então, pensando nas piruetas e nas palavras da minha sábia professora de ballet eu percebi que o meu desânimo, e parte de tudo do que está acontecendo comigo hoje, é porque a falta de foco não é só nas piruetas não. Acho que está faltando isso na minha vida também.

reflexoes pós aula....


ventana- carol e julia com a mamae da carol... dia das maes


Sabem de uma coisa, eu nunca acho que sei o bastante, ou que meu corpo responde a tudo sempre.

A cada aula que me realizo (me realizo tanto dando aulas como fazendo), eu surpreendo meu corpo e minha mente.

Eu ainda sinto dores musculares, e qdo isso acontece, eu percebo que estou sempre crescendo, sempre aprendendo, sempre sentindo.

Isto é MARAVILHOSO. É vida. É evolução. É aprendizado.

O Ballet Clássico nos surpreende a cada aula, a cada momento, a cada desejo. Para o bem e/ou para o mal.

As vezes me dedico tanto a uma aula, que quando essa aula acaba, tenho a impressão de ter me beneficiado mais que os próprios alunos.

Amo ser uma professora. Com dificuldades, com duvidas, com incertezas, com amor, com ternura, com seriedade.

Ainda estudo. Ainda faço perguntas. Ainda me confundo com a nomenclatura depois de30 anos de profissão.

Ás vezes tenho receio e medo de tanto perguntar. Parece que quando ainda estamos em busca do aprendizado, as pessoas a nossa volta perdem a credibilidade em nós.

Mas estarei sempre em busca. “O Ballet Clássico é muito difícil e dói”, diz uma pessoa que admiro muito, Ricardo scshear.

Quando tenho duvidas na execução ou na nomenclatura de um passo, corro para as minhas mestras, não tenho vergonha disso.

Ser professor é tudo de bom. Às vezes de ruim tb. Mas é tudo que eu preciso ter para crescer profissionalmente. Ninguém é o que é sem méritos.Em todos os sentidos e direções.

http://www.youtube.com/watch?v=NKeTD8GyJTo

http://www.youtube.com/watch?v=NKeTD8GyJTo

com certeza, esses dançarinos, com obstáculos muito maiores que o peso, conseguiram passar sua arte de maneira maravilhosa

A maior inimiga de uma bailarina: a soberba

14/06/2011 A maior inimiga de uma bailarina: a soberbaTambém conhecida como orgulho, ela derruba mais que fouetté fora do eixo. Nasce sem querer, no meio de uma aula em que sua perna subiu mais que a perna da colega de turma. Ou de uma pirueta limpa e bem-feita, enquanto a bailarina ao lado se desequilibrou e quase caiu no chão.

Consegui ver daqui uns sorrisos no canto da boca, surgidos involuntariamente, enquanto vocês imaginaram o que acabei de descrever.

A soberba só existe porque nos comparamos com os outros. Uma pessoa isolada numa ilha sequer saberia o que é. Não haveria com quem se comparar. Não haveria medida.

A meu ver, a nossa derrocada no ballet clássico começa quando olhamos para o lado. Quando queremos ser melhores que todos os outros que estão presentes. Quando nosso grande oponente usa coque, presilha no cabelo, meia-calça e, olha só!, quer o solo com o qual sempre sonhamos.

Não sou de contar detalhes da minha vida pessoal, mas, neste caso, cabe ao post. Eu não sou uma pessoa competitiva. Nunca fui. Tampouco disputei algo com outra pessoa, seja emprego, homem, papel principal em peça de teatro, atenção. Nada. Todas as minhas conquistas vieram porque tinham de vir. E as perdas, algumas vieram porque joguei a toalha e me recusei a entrar no ringue.

Os louros não enchem os meus olhos. Elogios públicos não me encantam (tampouco os elogios privados). Títulos e cargos não me fazem suspirar. Eu gosto de percorrer um caminho. A chegada não me interessa, não quero erguer a taça e receber a medalha. Gosto de olhar para trás e ver as sementes que plantei dando frutos e flores. Parece demagogia, mas não é.

Por que penso assim? Sempre haverá alguém um degrau acima de nós. Sempre haverá alguém um degrau abaixo de nós. O nosso lugar dependerá da bailarina com quem compartilharemos o palco: a Svetlana Zakharova ou a colega de turma nota 6. Não é uma vida angustiante, não saber em qual momento estaremos no topo ou lá embaixo? Não é saudável viver como se estivéssemos constantemente numa trincheira, prontos para atacar.

Quem vive numa eterna disputa pode chegar ao apogeu. Geralmente, chega. Mas seus louros sempre derivam da humilhação de alguém. Pensem nisso.

Sinceramente? Eu vejo beleza na singularidade.

A sua perna não alcança a sua orelha? A da Natalia Makarova também não. Você não é en dehors? Margot Fonteyn também não era. Você não é alta e esguia? Anna Pavlova também não era. Você não é bela e, além disso, é vista como uma bailarina mediana? Agrippina Vaganova te entenderia.

Todas fazem parte da história do ballet clássico. Mas em vez de chorarem pelos cantos, foram atrás daquilo que as fazia singulares, únicas, artistas incríveis. Trabalharam para isso. E quem está focado no próprio caminho não tem tempo de olhar para os lados.

Sinceramente? Estou cansada de pessoas que passam a vida contabilizando os próprios feitos, como se estivessem eternamente em uma acirrada competição. Suba no palco e dance. Dance! É ali que reside a alma de um artista de verdade. E isso nem todo mundo está preparado para ser.