segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011






Este conto de fadas cinematográfico é uma homenagem a todo grande artista. Talvez pessoas que não tenham um contato mais íntimo com a arte não o entenderão profundamente. Sem querer ser elitista, posso até já dar um exemplo: a sala estava cheia e muitos riram ou ficaram indignados com as cenas “fortes” e, ao que me parece (julgando-os descaradamente), focando e reagindo ao filme como aos “sensacionalismos” televisivos. Porém, acredito que mesmo assim, passados estes momentos, o filme cumpriu seu destino de obra de arte. Vejamos.

O poeta para Sócrates, quando o explica ao rapazote Íon, é divino, lembram-se? Ah, este filme é uma homenagem ao artista que beira a divindade, mas não aquela dogmática e sim aquela que se aproxima e remete ao contato com a Mãe Natureza. Uma grande metáfora ao artista que vê sua vida como arte e a vive como a vê: sem separações.

O artista é um ser que está sempre no limite do real, do ideal, do ordinário e do fantástico. Parafraseando – e maculando – Horácio quando escreve aos pisões, o artista é um louco que transgride o sistema de amarras da vida cotidiana e nos leva a cair para dentro do vulcão, mas também ao divino, nos eleva.


A associação com os conceitos de persona e sombra difundidos por Jung é inevitável em Cisne Negro [filme em cartaz]: Nina há de des-cobrir sua persona, descobrir sua sombra e enfrentá-la e, finalmente, integrar ambas para completar seu processo de individuação. O que Nina chama de perfeição no começo toma uma outra forma rumo ao final, quando sua participação na peça de balé O lago dos cisnes se mostra mais do que um trabalho cobiçado, um ritual de iniciação para entrar no mundo das mulheres adultas.

Darren Aronofsky já tem seu perfil definido como um diretor que enxerga e nos leva a ver a fantasia pura no cinema. Bem, diferente de Steven Spielberg, Tim Burton ou Terry Gilliam, o mundo fantástico de Aronofsky é baseado na magia do cotidiano, na inexplicável simbologia da vida diária, nos confrontos com frutos do inconsciente. Um filme também extremamente bonito dele é Fonte da Vida com Hugh Jackman, caso queiram conferir. Ele capricha no visual, na fotografia, nos closes e a edição de som se apresenta como um charme a mais. A câmera muito próxima de Nina, por exemplo, nos coloca praticamente dentro de sua mente: vemos o que ela vê, ouvimos sua respiração, sentimos o gosto de suas lágrimas e angústias.

O antagonismo interior de Nina, representado pelo esforço em aliar a técnica ao desembaraço, torna-se uma metáfora para nós espectadores da constante luta do ser contemporâneo entre a rigidez social versus o “deixar ir”. Mesmo que você não entenda nada de balé, consegue claramente entender o que o diretor quer dessa bailarina: que ela deixe a máscara da hipocrisia, da repressão (moral e estética) e abrace suas máscaras do teatro: a dualidade integrada. O domínio de seu ser, revelando a meiguice racional e esmerada, mas também suas forças instintivas. Como este conflito em Nina é dilacerante, enquanto não consegue alcançar o aire que tanto almeja, vê forças atuando contra ela o tempo todo. Mas o sábio diretor diz-lhe em certo momento: a única pessoa que está no seu caminho é você mesma!

Ela precisa desesperadamente desvelar sua sombra, seu cisne negro, para viver plenamente o papel de sua vida. E como sua técnica para parecer um ser perfeito tomou conta de sua alma, ela se esfola, se consome, se martiriza. Mas a todo momento podemos ver sua inveja e raiva contida, não perdemos um segundo dos sentimentos de Nina, graças também à atuação primorosa de Natalie Portman.

A libido é parte da questão existencial de Nina, mas vemos a libido de Jung, aquela que o cientista afirma ser a energia psíquica que inclui a sexual. Para Jung, libido é apetite, agressividade, sexualidade, fome, sede e toda sorte de necessidade e vontades. A busca de Nina passa pela sexualidade sim, mas esse é só um caminho para alcançar muito mais, pois através disso e da ajuda das pessoas que vivem mais sua libido do que ela, Nina encara todos os pontos obscuros que são frutos de sua rigidez moral, sexual e estética. Rumo à transformação de seu personagem, ela transforma seu ser, num processo metamórfico surpreendente, agonizante, deslumbrante! Nina libera com literalmente sangue nos olhos seu lado sombrio, seguindo a intuição do artista divino em busca da perfeição, que nada tem a ver com técnico.

Como pode uma obra de arte e a força interpretativa do artista dar um tapa tão forte e de efeito tão rápido na cara do espectador, em comparação com a ineficiência das grandes falácias científicas e filosóficas? Um tapa que diz: somente com a integração de todas as partes do nosso ser (das mais leves às mais sombrias) seremos então seres perfeitos. A perfeição dos deuses, de como quer a Natureza, e não a dos homens


sapatilha de ponta


Toda bailarina, quando pequena, sonha com o dia em que irá colocar as sapatilhas de ponta nos pés. Não sabem elas (nem eu na minha época), o quanto isso machuca e aperta. Mas todos sabem que não tem jeito, a ponta é como se fosse uma espécie de maioridade da bailarina e todas as meninas ficam doidas para começar.

Mas… por que diabos usamos esse negócio que dói tanto? Perguntei ao Nerdin uma vez e ele me explicou. A história é muito bonita, porém… a dor continua!!! Ele me disse que a ponta foi criada para dar maior leveza à bailarina, que ali em cima transmitiam a sensação de estarem voando.

Foi a ponta, também, que desenvolveu a dança, já que diversos movimentos tão conhecidos hoje, como a pirueta (pitouette) e o fouette, somente foram criados e possibilitados após a o surgimento dessa sapatilha.



o dom de coreografar....


De onde vem a motivação para criação do trabalho coreográfico?

O criar em arte é uma coisa muito subjetiva e na dança não o é diferente. Você tem várias fontes que vão te inspirar a criar um trabalho, pode ser uma bela música, um tema particular, um bailarino que te inspire, um conjunto de bailarinos, um figurino, uma concepção de um d...eterminado cenário, uma encomenda, ou seja, é um leque muito amplo.

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Angelina bailarina


Mostrando postagens mais recentes com o marcador desenho. Mostrar postagens mais antigas Mostrando postagens mais recentes com o marcador desenho. Mostrar postagens mais antigasquinta-feira, 9 de setembro de 2010
Angelina Bailarina....



Angelina é uma ratinha fofíssima que tem um grande sonho: se tornar uma estrela do ballet.


Tudo começou com livros de histórias infantis e hoje já virou desenho que passa praticamente no mundo inteiro, minha sobrinha fofa assiste os seus desenho lá na Austrália e aqui no Brasil podemos assistir no canal pago, Discovery Kids.


O desenho é uma graça, ela faz os passos e os movimentos bem clássicos, mas também abrange diversos tipos de dança e claro, muita música!!


Nos episódios Angelina vive as alegrias e frustrações, e descobre que a vida nem sempre é perfeita como um ballet!


Acredito que este desenho trasmite as crianças a importância de se esforçar ao máximo para atingir as metas desejadas, aprendendo sempre com os erros.


Muitas das minhas alunas que assistem adoram e se espelham muito nela..e eu tbm, estou apaixonada pela Angelina Bailarina!!
Beijos..:*

magister2..apresentacao 2010














magister fotos parte 1...apresentacao dez 2010 -Cinderela






"Dance is the hidden language of the soul."

Martha Graham